mixologista

“O mixologista, normalmente, tem um conhecimento maior e melhor de destilados, necessitando de um compromisso com qualidade, além de técnicas de produção de insumos naturais, estudo e conhecimento da coquetelaria clássica e contemporânea, buscando sempre novas tendências do mercado [...]. Não existe exatamente uma formação. É mais de como a pessoa quer se posicionar no mercado e evoluir como bartender. Todo mixologista é um bartender, mas nem todo bartender se dedica a aprender mais a fundo sobre destilados e coquetelaria contemporânea para ser ummixologista. O mixologista, na verdade, é isso, um bartender que resolveu se dedicar mais a fundo e investir na profissão como uma carreira.”¹

“Termômetro, maçarico, conta-gotas, bomba de pressão e balança de precisão. Atrás de um balcão de bar, eles são operados não por um cientista, mas pelas mãos ágeis de um novo profissional: omixologista, ou um ‘superespecialista’ em coquetéis. Mais do que preparar uma caipirinha ou tirar um bom chope, esse profissional se dedica a estudar milimetricamente as variáveis que tornam um drink perfeito. Workshops dados por instituições como o Senac, em São Paulo, ensinam o ofício, que envolve combinações inusitadas (imagine um drink de pepino, wasabi e aceto balsâmico) e técnicas que parecem de laboratório. Mais do que fazer cursos, o que torna alguém um mixologista, porém, é a experiência e a dedicação ao estudo metódico de combinações, diz Marcelo Serrano, há 11 anos na profissão, que também é autodidata. ‘O segredo é misturar harmonicamente diferentes sabores, texturas e ingredientes’, ensina o profissional, que também ministra cursos sobre o tema.”²

“Única representante do Rio – e mulher – na final nacional do World Class Competition, espécie de Oscar da coquetelaria, Jessica Sanchez disputa na quinta (6), no Eataly Brasil, em São Paulo, o título de melhor bartender do Brasil, com outros oito finalistas. Ela concorre com o bubbles out, drinque preparado com o rum Zacapa, redução de champanhe e ácido cítrico. Paulista de São Caetano do Sul, amixologista de 28 anos veio em 2012 para o Rio e despontou no Meza Bar, em Botafogo, antes de assumir o cargo de chefe de bares do hotel Copacabana Palace, que deixou em agosto passado para se dedicar à filha recém-nascida, Sophia. Mas não abandonou os projetos: atualmente à frente de seu próprio negócio, o Vizinho Gastrobar, no Vogue Square, onde serve criações autorais, ela assina ainda as cartas de boa parte dos estabelecimentos do complexo gastronômico, como o japonês Roman Izakaya e o Boteco do Amaral.”³

“Apaixonado por seu trabalho, Spencer [Amereno] é uma enciclopédia ambulante de coquetelaria. Sabe datas de criação de drinques de cabeça, cita nomes de livros e autores importantes na área e remonta com facilidade à origem clássica de coquetéis modernos. Para ele, o trabalho do mixologistacomeça necessariamente no conhecimento secular da profissão. ‘Nós temos que devorar livros de história da coquetelaria para criar drinques’, avisou aos seus ouvintes durante o evento.”⁴

“A forma mixólo vem do espanhol, e a forma mixologista vem do inglês, ‘mixologist’. Como aqui no Brasil, temos uma influência maior da cultura americana, é mais comum chamar de mixologista o profissional especializado em mixologia. Mas, afinal, o que é esse estudo? Antigamente, a criação de coquetéis tinha como principal requisito o bom gosto e a experiência do bartender. As receitas equilibradas e surpreendentes para atender ao gosto dos variados clientes eram obtidas após uma sequência de tentativas e erros. A mixologia veio para tentar dar uma base científica a essa arte que antes era feita de forma quase intuitiva. A partir do século XXI esse termo ganhou notoriedade e passou a designar o bartender especialista em criar receitas. Essa especialização inclui o estudo dos sabores e como são percebidos pelo nosso paladar, o equilíbrio entre eles e como reagem juntos os diversos tipos de componentes que podem compor um drink. A primeira vez que se ouviu falar em mixologia no Brasil foi em 2002, quando a marca Absolut criou um projeto chamado Absolut Mixology. Esse projeto tinha como objetivo estimular a experiência de misturar sabores e criar drinks com a célebre vodca. Foi um grande sucesso e o termo se popularizou.”⁵