
Como descobrir o outro
Se considerarmos o trabalho da Unesco para o século 21, coordenado por Jacques Delors, são quatro os pilares da educação:
1. Aprender a conhecer; 2. Aprender a fazer; 3. Aprender a viver juntos e 4. Aprender a ser.
Se considerarmos o trabalho da Unesco para o século 21, coordenado por Jacques Delors, são quatro os pilares da educação:
1. Aprender a conhecer; 2. Aprender a fazer; 3. Aprender a viver juntos e 4. Aprender a ser.
O sistema eleitoral majoritário para a Câmara dos Deputados, conhecido como distritão, que elege os deputados mais votados em cada Estado sem coligações partidárias ou exigência do quociente eleitoral (número mínimo de votos para cada vaga) pode sair vencedor na reforma político-eleitoral que está sendo discutida na Câmara se for aprovada como uma transição para o voto distrital misto em 2022, mas não se for um projeto permanente, ou um caminho para o parlamentarismo, como quer o PSDB.
Muitas das propostas de reforma política que estão no Congresso precisam ser votadas até setembro para valer nas eleições de 2018, como por exemplo o fim das coligações nas eleições proporcionais e uma cláusula de barreira, isto é, uma votação mínima a ser negociada para os partidos que queiram ter atuação no Congresso.
No esporte, quem não vibrou vendo Paris se curvar aos pés do craque mais valorizado do mundo? Que tal mais de 40 mil franceses gritando ‘Neymar, Neymar’?
O país tem tantos problemas que dependem de uma decisão do Congresso que, tudo indica, não haverá tempo nem coesão política para resolver todos eles a tempo hábil. Os dois principais temas que exigem uma atenção especial dos nossos parlamentares são as reformas política e a da Previdência, sendo que a política tem um limite de tempo fixo: tem que ser aprovada até setembro para poder valer para a eleição de 2018.
O ex-presidente Lula, na sua campanha para poder se candidatar à presidência em 2018, tentando assim escapar de uma possível prisão, deu uma declaração em conversa gravada em vídeo com um deputado petista que resume bem sua disposição política atual. Embora bombástica, não teve a repercussão que provavelmente buscava, talvez pela desimportância do interlocutor, talvez pela postura claramente eleitoreira:
Sou sempre aquele brasileiro anedótico, que compara as maravilhas do universo com as trivialidades de sua terra natal.
É hora de sonhar com 2018, deixar de lado o desânimo e preparar o futuro.
Dois problemas atrapalham os cronistas: muito assunto e nenhum assunto. Este dá mais liberdade, mas nem sempre agrada o leitor. Muito assunto provoca um tipo de concorrência, porque todos falam mais ou menos a mesma coisa. Cabe ao leitor escolher o texto que mais lhe agrada.
A recente vitória do presidente Michel Temer no Congresso, barrando a denúncia da Procuradoria-Geral da República, explicitou mais uma vez um dos nossos graves problemas institucionais: não temos um sistema de governo, temos um simulacro de presidencialismo que o próprio presidente chama de “governo semiparlamentar”. Quer dizer, não temos nem presidencialismo nem parlamentarismo.
E os partidos que se alastram feito mofo? Como vão ser controlados? Haverá cláusula de desempenho? De que tipo?
Todos os deputados tinham como motivação uma causa nobre: o desenvolvimento econômico, a estabilidade política, enfim, o bem do país, não o próprio,claro.
Derrotar Temer é ajudar a fortalecer a volta do petismo, como argumentam muitos apoiadores do governo? Ou será que é o contrário, apoiar Temer ajuda a aumentar a força de Lula? Lula e o PT acham que o melhor é manter Temer no Palácio do Planalto sangrando até o final, embora os parlamentares petistas finjam que querem o presidente da República fora do governo.
Não foi unia surpresa o governo ter número suficiente para barrara abertura de processo pedida pela Procuradoria-Geral da República nem o fato de a oposição não ter chegado a um acordo para tentar evitar o quorum mínimo para a votação. Além do que, ficou claro que boa parte da oposição quer mesmo é manter Temer sangrando no Palácio do Planalto, para facilitar uma Campanha oposicionista em 2018.
Não me alegra a ideia de perdedores na política, nem me rejubilo com a epidemia prisional que se abate no país. Seja no cumprimento da justiça ou como irresistível ânsia predatória, diante de uma Suprema Corte altamente politizada ou partidária. Tampouco festejo o impeachment considerado como antídoto de nossa imensa crise, segundo pregam partidos de exuberante narcisismo.